segunda-feira, setembro 19, 2005

Toda cura para todo mal


Sexta fui ao Circo Voador ver a querida banda Pato Fu. O primeiro show deles que vi foi lá mesmo, em 1994. Desse dia, lembro com carinho. Além de ter sido a primeira vez que vi os Patos no palco, foi quando presenciei também uma das últimas apresentações de Chico Science. Inesquecível.

De volta ao presente: quem abriu foram os novatos da Som da Rua. Os moleques mandam bem e prometem fazer sucesso, apesar de não mostrarem nenhuma novidade. Achei o som deles uma mistura dos discos 1 e 2 do Los Hermanos. Tinha até uma letra que começava com as palavras “Olha só...”, característica marcante do método de composição losermânico (sim, eles têm um padrão que identifiquei e prometo decifrar em breve neste blog). A Gláucia observou que eles falam muito em ‘janela’, ‘porta’, ‘quarto’ (tocaram até um belo cover de “Meu mundo e nada mais” do Guilherme Arantes!). Típico de banda de apartamento. Pelo menos não são mais um CPM 22 da vida.

Pouco depois entra no palco toda a ala masculina do Pato Fu e mandam ver com “Estudar pra quê?”, que é bem ‘porrada’ mas é a mais fraquinha do disco. Depois entra a serelepe Fernandinha Takai, linda e simpática como nunca e o quinteto emenda com “Anormal”, “Eu” e “Amendoin”. A partir daí foi só lazer. Tocaram músicas mais antigas como “Gol de quem?” e outra do primeiro CD, que não lembro o nome (aquela do “...A Unimed é que vai pagar”). Uma homenagem aos ‘iniciados’, segundo John.

O primeiro ponto alto do show foi a aparição de um pequeno astronauta (marionete manipulada por Fernanda) flutuando pelo palco e ‘cantando’ a canção “Simplicidade”.

Essa merece um parágrafo exclusivo. Pode parecer meio estranha na primeira audição. Afinal, é uma espécie de moda de viola eletrônica, interpretada por uma voz robótica e com uma letra singela e ingênua. Puro Pato Fu. Foi o momento lúdico-emocionante do show.

O segundo destaque vai para “Uh uh uh, la la la, ié ié!”, cantada com vocal de Michael Jackson dos tempos de Jackson Five. Swing contagiante e do bom, para pular até fraturar o fêmur.

No final, Fernanda confessou ter sido aquele o melhor show da banda em terreno carioca. Afirmação perfeitamente aceitável.

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse show ta disponivel no e-mule pra baixar.

Anônimo disse...

Arghhhhh Amo Pato-Fu e não tomei conhecimento do show!! Burra, desinformada!!!
Beijooooo
eu