segunda-feira, setembro 26, 2005

Wallace & Gromit


Comecei meu primeiro dia de Festival com o pé direito. Levantei cedo no sabadão e corri para a sessão de 10h no Odeon. “Wallace & Gromit – A Batalha dos Vegetais”, animação em stop-motion do Nick Park, o mesmo de A Fuga das Galinhas. Gosto muito de animação, mas, particularmente, tenho um carinho especial pela técnica dos bonequinhos que se movimentam lenta e precisamente, quadro-a-quadro. Numa época em que a computação gráfica tem poderes ilimitados e está cada vez mais acessível, a perseverança e o talento dos stop-motioners ainda impressiona. Além do mais, um dos meus sonhos de adolescente sempre foi produzir um longa-metragem caseiro estrelado pela minha coleção de Playmobil.

A sessão estava repleta de crianças. Alguns com os pais, mas a maioria de escolas e instituições. O que obrigou a uma das organizadoras fazer uma simpática preleção antes do filme: “Aqui não é televisão. Tá vendo aquela tela? A imagem vai ser projetada ali, gigante! As luzes também vão se apagar. Não é pra ninguém ficar com medo, tá?”. Isso não impediu que uma ou duas crianças chorassem quando a sala ficou escura.

O filme foi ótimo. O inventor Wallace e Gromit, seu cão pantomímico, cuidam da segurança dos legumes e vegetais gigantes que os habitantes de sua cidade cultivam para um concurso anual. Mas uma praga misteriosa ameaça a realização da festa ao provocar estragos nas hortas dos competidores. O filme homenageia aquelas produções clássicas de monstros, tipo Frankenstein e Lobisomem, e é repleto do humor inglês que eu tanto admiro. Pra ficar melhor, ainda encontrei após a sessão uma amiga que não via há séculos!

Seguimos então para o Estação Paissandu, a fim de garantir os ingressos para a sessão das 14h de “Crash – No Limite”. Mas, antes, uma parada obrigatória para devorar o cláááááááássico arroz com lentilhas, cebolas fritas e 2 kaftas da Rotisseria Sírio-Libaneza (com ‘z’ mesmo), o melhor pé-sujo árabe do Rio.

Mais tarde eu posto os comentários sobre o filme. Preciso sair agora mesmo para ver “A Máquina” no Odeon. Até logo mais.

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