terça-feira, outubro 11, 2005

Dessa vez o Gargamel não teve culpa


A TV da Bélgica está veiculando o filme de uma campanha da Unicef que visa arrecadar fundos para a reabilitação de crianças ex-soldados no Burundi. Filme bem chocante, diga-se de passagem.

Não, não tem imagens de crianças mutiladas ou cenas de batalha protagonizadas por pirralhos. O filme pisa na ferida de forma mais eficiente e contundente. E atinge em cheio o imaginário de quem já foi criança e agora é público-alvo, ao mostrar violentas cenas de bombardeio num lugar sagrado e que todo mundo com mais de 20 anos conhece bem: a aldeia dos Smurfs.

Conheço muita gente que sempre detestou os descamisados duendes. Já ouvi até barbaridades como a idéia de que eles eram apenas alucinações do riponga careca Gargamel, que lambia aqueles cogumelos vermelhos e depois queria curar a larica correndo atrás dos tampinhas azuis. Mas, mesmo que você ache que o Gênio é boiola, que a Smurfete é um traveco (única Smurf mulher numa aldeia onde só tem homens? Tá bom...) e que o Robusto dava uns pegas no Vaidoso de vez em quando, é impossível não ficar horrorizado com o filme da Unicef.

Nele, os inocentes Smurfs estão cantando e dançando quando são surpreendidos por bombas que caem do céu. Há muita correria e desespero. Muitos Smurfs morrem e suas casas pegam fogo. No final, vemos um bebê-Smurf (mais raro que filhote de pombo) chorando desolado no meio da aldeia, completamente devastada. A assinatura: “Não deixe a guerra afetar a vida de crianças”.

Sinistro é pouco...


::: LEIA TAMBÉM > Os Smurfs e o comunismo

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Gargamel praguejando contra os Smurfs (.wav)

Um comentário:

Anônimo disse...

Macabro!! hehehehe Seria mto bom que passasse aqui tb, mas o enfoque seria outro, claro...
Beijooooo